Segundo o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. O
objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição das imperfeições
e aquisição dos valores morais que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou
a conquista do chamado “céu”. Por acreditar que o mundo espiritual é a
verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as religiões
celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo
acredita habitarem Espíritos q eu trabalha na edificação do mundo movo. Na
verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado, mas de um estado de perfeição
espiritual conquistado individualmente pelo Espírito, através de seu constante
esforço. O q eu vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio
progresso.
Porque o filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus
anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. (Mateus-16.27).
A
felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a
atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade (Allan
Kardec).
Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da
caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória,
e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas
eternas são incompatíveis com a justiça do Pai. A criação do inferno cristão se
origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos ,com uma grande dose de
exagero. Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em
regiões de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos
trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento.
Ou qual de vós,
porventura, é o home que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou,
porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros,
sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que
está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem (Mateus.
7.11).
Portanto Deus em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria
seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas
precisamos para nosso crescimento espiritual.
O inferno, ou trevas
segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por
aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades,
que se inclinam ao mau e nele se comprazem. São apenas irmãos imperfeitos e
ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências e que,
através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas
experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição.
E ele lhes propôs está parábola, dizendo: Que o homem dentro vós, tendo cem
ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai
após a perdida até que venha a achá-la?
E, achando-a apõe seus ombros,
gostoso; E chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes:
Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que
assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por
noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento
(Lucas-15.3.7).
Assim, também não é vontade de vosso Pai, que está nos
céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus-18.14).
O chamado
purgatório, por sua vez é uma condição de sofrimento temporário para as almas
que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o
arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive o
Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é
mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito
sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um
estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam
eternamente os Espíritos sofredores.
Analisando a questão por outro
aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando
constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada
reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra, pro exemplo,
funciona como uma purgação para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em
condições melhores.
O purgatório não é, portanto vaga incerta: é uma
realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de
expiação e a terra é um deles.
“Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu
futuro”(Allan Kardec).
Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia
para o Senhor é como mil anos, e mil anos com um dia.
O Senhor não
retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia: mas é longânimo para
convosco, não querendo que alguns se percam se não que todos venham a
arrepender-se (II Pedro 3.8.9).
Fonte: http://www.cepacluziania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=59%3Aqualavisaoespiritasobreoceu&catid=43%3Aoqueeespiritismo&Itemid=11
Nenhum comentário:
Postar um comentário