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quinta-feira, 20 de junho de 2013

NÃO DEVEMOS CONSULTAR OS MORTOS ?

 
Porque Moisés proibiu o uso da mediunidade.

"Tão surpreendente quanto a
naturalidade das pessoas em
emitirem juízo sobre algo que
pouco sabem, é seu desinteresse
em melhor informarem-se".

(Loeffler).

Uma das maiores ressalvas a respeito do Espiritismo, pelos leigos e pertencentes a religiões que se fundamentam na bíblia, está contido em levíticos e deuteronômio, no VELHO TESTAMENTO, livros em que Moisés diz que é proibido consultar aos mortos e fazer necromancia. Algumas traduções bíblicas foram de tal modo adulteradas que chegam a mencionar palavras criadas por Allan Kardec em 1857, como "médiuns" e "espíritas", inexistentes à época de Moisés.

Mediunidade é o dom de comunicar-se com espíritos e sempre existiu, é peculiaridade orgânica dada por Deus, não foi o homem que inventou, tanto é assim que, malgrado seu, há ateus, evangélicos, católicos que também a possuem, dentre outros.

Se Deus "inventou" esse dom, obviamente foi por ser útil, se bem usado - um espírito pode contar o que encontrou após a vida carnal e com isso nos mostrar o que o bom e o mau comportamento conquistam para a existência espiritual

Mas, ao tempo de Moisés, isso não acontecia, havia abuso, coisas triviais, vulgares, do cotidiano eram decididas chamando os espíritos, além disso, havia o hábito adquirido no Egito, de crer em vários deuses e os espíritos assim eram confundidos. Moisés, muito perspicaz, percebeu o mau uso que se fazia da mediunidade e proibiu corretamente esse dom, àquela época.

Jesus, o Messias, aquele que veio e disse que não violaria as leis mas daria cumprimento a elas, no NOVO TESTAMENTO, por várias vezes falou com espíritos, inclusive com Moisés, que teve sua morte declarada na bíblia, tendo sido chorado, pranteado e enterrado.

Se Jesus conversou com espíritos, inferiores como os obsessores (espíritos atrasados) que se intitularam "Legião" por serem muitos, e com superiores, como Moisés e Elias, como a proibição seria regra de caráter permanente? Ele, que veio cumprir a lei, seria o primeiro a ignorá-la e justamente falando espiritualmente com quem fez a lei chegar a nosso conhecimento? Porque desprezar esse sinal claro sobre o motivo da proibição ser o modo como se usa a capacidade mediúnica?

Além disso, quem são os mortos? Uma pessoa que morre tem seu corpo sem vida, mas ela, essência inteligente, ser pensante, seja qual for a crença para onde vai, continua viva. Então, como poderíamos consultar "mortos" senão indo à beira do túmulo falando com o corpo tornado pó? Espíritos são vivos que tiraram o "uniforme" da escola terrena por um tempo, apenas isso.

Disse bem Chico Xavier que "o telefone toca de lá para cá". Para imaginar por que um espírito gostaria de se comunicar, basta pensar em si mesmo desencarnado, deixando seu filho ou alguém que importe, aqui... teria certeza de simplesmente desejar partir abandonando a todos? E por que Deus impediria a comunicação que Ele mesmo favoreceu com um dom orgânico, se o amor é laço que Ele privilegia?

Nós podemos até pedir que um espírito se comunique, mas ele só o faz se quiser. Nós, espíritas, não evocamos os mortos para nossa satisfação, damos oportunidade de manifestação com respeito fraternal e aprendemos com os vivos em espírito que se manifestam por que assim o desejam e com os quais aprendemos sobre a vida após a morte e sobre a vida antes da morte, no que resultará.

Outro grande equívoco é comparar a necromancia com o Espiritismo. Necromancia é a adivinhação por meio da evocação dos espíritos com seus RESTOS MORTAIS tais como OSSO e CRANEOS . O espírita nunca usa os espíritos para fazer escambo . Quem faz isso não tem senão interesse próprio e financeiro de usar espíritos inferiores (pois os bons não se submetem a interesses mesquinhos), para, em troca da própria paz após a morte, ter lucros em vida. Pobres daqueles que violam o "dai de graça o que de graça recebeu" (Jesus).

A mediunidade é um dom que serve de instrumento útil para o despertamento humano e não viola em tempo algum o que ensinou Jesus. Convidamos os amigos ao raciocínio lógico, um cristão segue o Cristo e não Moisés, que foi seu precursor. E ainda que se diga que é atual e necessária a proibição do uso da mediunidade porque foi dada como lei divina por Moisés e por isso não se pode abster de cumpri-la, porque não se cumpre tudo o que em levíticos e deuteronômio se diz? Precisamos amadurecer, amigos, ainda nos limitamos demais por não sermos capazes de ir além dos limites de outrora, que foram bons por certo, mas hoje são atraso de vida.

De: Vania Mugnato de Vasconcelos
Alterado em alguns lugares por Essencia Psiquica !
 

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