Desde tempos
imemoriáveis, a melhor medicina sempre foi a preventiva. O grande alquimista
Paracelso insistia: "Não se deve tratar a doença; deve-se tratar a saúde".
Podemos dizer que, o melhor meio para não se apanhar uma doença, consiste em se
manter saudável. Ou seja, proteger o sistema imunológico, de forma a bloquear
qualquer germe ou vírus que tentar invadir nosso organismo. Pode-se pensar que
seja fácil atingir tal objetivo, através de uma boa dieta, escolhendo alimentos
de baixo valor de colesterol, reduzindo o consumo de carne, abstendo-se de
consumir açúcar, realizando exercícios físicos, enfim, submetendo-se a tudo
aquilo que uma propaganda insistente nos propõe.
Mas como explicar,
nesse caso, o elevadíssimo número de pessoas que seguiram rigorosamente tais
instruções, julgando estar assim protegidas contra os perigos das doenças para
um dia, descobrir que seu organismo estava sendo minado pelo câncer? André Luiz
conta, através da psicografia de Chico Xavier que um Espírito ao preparava-se
para reencarnar, pediu para seu novo corpo físico uma úlcera que apareceria em
sua madureza física e que não deveria encontrar cura até sua desencarnação, para
que ele pudesse ressarcir um assassinato que cometeu ao esfaquear um homem (que
estava na sua madureza física) na região do estômago.
Como vemos, mesmo que
este Espírito cuide de sua saúde durante toda sua juventude, não fugirá da
úlcera “moral” que “ele pediu”. ENTÃO, CÂNCER É UMA ENFERMIDADE CÁRMICA? A
experiência diz que sim. Estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito que
nos premia com a saúde ou corrige com a doença, de acordo com nossas ações. O
CÂNCER SERIA ENTÃO O RESULTADO DE UM COMPORTAMENTO DESAJUSTADO, EM VIDAS
ANTERIORES? Nem sempre. A causa pode estar nesta existência. Um exemplo: as
estatísticas demonstram grande incidência de câncer no pulmão, em pessoas que
fumam. Há elementos cancerígenos nas substâncias que compõem o cigarro. Quem
fuma, portanto, é sério candidato a esse mal. Será o seu carma. Há uma charge
ilustrativa, em que um cigarro diz para o fumante: "Hoje você me acende. Amanhã
eu o apagarei!" Certíssimo! ESTÁ DEMONSTRADO QUE OS FUMANTES PASSIVOS, PESSOAS
QUE CONVIVEM COM FUMANTES, TAMBÉM PODEM TER CÂNCER. COMO EXPLICAR ESSA
SITUAÇÃO?
E Não há inocentes na
Terra, um planeta de provas e expiações. O fumante passivo que venha a contrair
câncer tem comprometimentos do passado que justificam seu problema. Aliás, o
simples fato de aqui vivermos significa que merecemos (ou necessitamos) tudo o
que aqui possa nos acontecer. Se não merecêssemos, estaríamos morando em mundos
mais saudáveis. ISSO ISENTA DE RESPONSABILIDADE O FUMANTE QUE POLUI O AMBIENTE,
SITUANDO-O COMO INSTRUMENTO DE RESGATE PARA ALGUÉM? Ao contrário, apenas o
compromete mais. Deus não necessita do concurso humano para exercitar a justiça.
Além de responder pelos desajustes que provoca em si mesmo, responderá por
prejuízos causados ao meio ambiente e às pessoas. A MEDICINA VEM DESENVOLVENDO
TÉCNICAS PARA A CURA DO CÂNCER. CONCEBE-SE QUE DENTRO DE ALGUMAS DÉCADAS SERÁ
POSSÍVEL A CURA RADICAL EM TODAS AS SUAS MANIFESTAÇÕES. COMO FICARÃO AQUELES QUE
ESTÃO SE REAJUSTANDO PERANTE AS LEIS DIVINAS A PARTIR DE UM CARCIOMA?
A medicina vem
fazendo grandes progressos, mas está longe de erradicar a doença. Males são
superados; outros surgem, nos domínios da sexualidade, a sífilis era um flagelo,
decorrente da promiscuidade. Hoje é a AIDS. A dor, a grande mestra, que tem na
enfermidade um de seus aguilhões, continuará a nos corrigir, até que aprendamos
a respeitar as leis divinas. A PESSOA QUE SOFRE BASTANTE, VITIMADA POR UM
CÂNCER, RESGATOU SEUS DÉBITOS, HABILITANDO-SE A UM FUTURO FELIZ NA
ESPIRITUALIDADE? A doença elimina as sombras do passado, mas não ilumina o
futuro. Este depende de nossas ações, da maneira como enfrentamos problemas e
enfermidades. Quando o nosso comportamento diante da dor não oprime aqueles que
nos rodeiam, estamos nos redimindo, habilitados a um futuro glorioso. COMO
FUNCIONA ISSO? Se o paciente tem câncer, suas dores implicarão em sofrimento
para a família. Tudo bem. Faz parte das experiências humanas. Mas, dependendo da
maneira como enfrentar seu problema, poderá gerar aflições bem maiores para
todos, o que acontece com o paciente revoltado, inconformado, agressivo. Se
humilde e resignado, a família lidará melhor com a situação. Pacientes assim
estão "zerando o carma".
Disse padre Léo ao
padre Fábio de Melo: "Meu filho, eu nunca pedi a Deus que me curasse do meu
câncer, por que seria muito injusto eu plantar limão e querer colher outra
coisa. Eu fumei a vida inteira. Então, eu peço a Ele que me ensine a morrer do
jeito certo. Se eu não faço minha parte, eu me pergunto: será que é honesto eu
pedir que Deus faça a parte Dele? Ele já fez a parte Dele nos dando a vida,
precisamos fazer a nossa parte cuidando dela!"
Fonte: GRUPO DE
ESTUDO ALLAN KARDEC
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