Paula Calloni de
Souza
Os métodos de cura
com as mãos ganham cada vez mais adeptos no Brasil e já começam a ser aceitos
como complementação eficiente ao tratamento médico convencional.
Para o químico
industrial Gilberto Alcoba Marques, de 47 anos, o tratamento com passes foi mais
do que uma simples tentativa de cura. Espírita há vinte e cinco anos, ex-
fumante inveterado, Gilberto era o que ele mesmo classificou de “papa-passes”
típico. Ou seja, aquela pessoa que conhece a doutrina, mas sem grandes
aprofundamentos, e apenas procura o bem-estar proporcionado pelos passes em
centros espíritas. Até que, por volta de dez anos atrás, durante exames de
rotina, veio a notícia: Gilberto tinha um tumor na garganta. Após passar pela
orientação do centro espírita que freqüentava, foi encaminhado a um tratamento
com passe do tipo P3A. Enquanto isso era acompanhado de perto pelo tratamento
médico convencional, tomando medicamentos e fazendo periódicos exames de
reavaliação. Um ano após os dois tratamentos, com medicina tradicional e passes,
a surpresa: o tumor havia desaparecido.
Em outra área da
medicina – a das doenças mentais –, projetos pioneiros que aliam ciência e
espiritualidade vêm merecendo atenção redobrada. Nas Casas André Luiz, tem sido
acompanhada a evolução de 650 pacientes submetidos aos tratamentos espirituais.
Os resultados devem sair em janeiro do próximo ano. Para o diretor técnico e
clínico da instituição, o psiquiatra Frederico Leão, “a proposta é exatamente
mostrar que as revelações e os conceitos da teoria espírita são demonstráveis do
ponto de vista científico. É possível a terapia espiritual andar de mãos dadas
com a ciência,o que traz benefícios complementares ao tratamento
convencional”.
A aplicação de
passes, sempre precedida de uma preleção do Evangelho, é, geralmente, o primeiro
contato de ordem prática que se tem dentro de um centro espírita kardecista. Era
praticado por Jesus e, no kardecismo, exige quatro anos de preparação. “O passe
nada mais é senão a concentração de energias que o médium capta do cosmos, de
entidades espirituais superiores e de si mesmo”, explica William Jones,
presidente da Instituição Espírita Seara Bendita. Fundada em 1951, por José
Klors Werneck, a Seara atende cerca de vinte e cinco mil pessoas por mês.
Ao passar pelo setor
de orientação, o indivíduo ganha uma pequena ficha, na qual são prescritos os
tipos de passe que deverá tomar e por quanto tempo. O público em geral não
entende o que significam tantos números e letras: A2, P3C, P4. Trata-se de uma
padronização efetivada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP),
que classifica os tipos de passe adequados a cada enfermidade, física ou
espiritual. Eles são de dois tipos básicos: o magnético, em que é utilizado
fluido do ser humano aplicador; e o espiritual, vindo de entidades desencarnadas
evoluídas, capazes de emitir fluidos mais puros e com maior poder curativo. E o
que sente um médium que aplica passes? A maioria dos entrevistados revelou o
aquecimento das mãos como sensação principal.
Como Agem os
Passes?
O perispírito possui
centros de recepção de energia ligados ao corpo físico através dos plexos, que,
por sua vez, são terminações nervosas ligadas aos diversos sistemas que fazem o
organismo funcionar. Energias deletérias vindas do ambiente, de pessoas
encarnadas ou desencarnadas ou do próprio corpo mental do indivíduo (pensamentos
negativos), podem desequilibrar essas energias, trazendo doenças no plano mental
ou físico. O passe pode reequilibrar esses centros de força através da aplicação
de fluidos saudáveis.
Alguns fatores
parecem ser primordiais na eficácia do tratamento com passes: a fé, a busca pela
elevação moral e o aspecto psicológico. Para o psiquiatra Franklin Ribeiro,
dirigente do Centro Espírita João Evangelista, no qual trabalha há dezenove
anos, o relacionamento que se estabelece entre aquele que procura a casa
espírita e os que o acolhem se assemelha ao relacionamento mãe-bebê. Em
Missionários da Luz, André Luiz recebe esclarecimentos que definem uma mulher
doente que recebe o passe “como a criança frágil sequiosa do carinho materno”.
Também Herculano Pires, em Obsessão, Passe e Doutrinação, destaca: “O efeito
psicológico resulta dos estímulos provocados no paciente por sua presença num
ambiente de pessoas interessadas em ajudá-lo, o que lhe desperta sensação de
segurança e confiança em si mesmo”. O dr. Franklin completa: “A minha crença, a
crença da pessoa de que aquilo vai funcionar, cria a ligação, e isso a ciência
reconhece. Está criado o vínculo entre o passista e o receptor. E, a partir daí,
estando a pessoa conectada a uma fonte adequada, a imposição de mãos vai
determinar a passagem de energia”. Para ele, a fé é elemento primordial na cura,
não importando a que religião pertença o indivíduo.
O dr. Franklin
Ribeiro é presidente do Comitê de Medicina Psicossomática da Associação Paulista
de Medicina e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Espírito e Religião
(NEPER), do Instituto de Psiquiatria da USP, que foi criado em 1998.
Obstinado, o
dr.Franklin Ribeiro informa que o preconceito da ciência em relação aos
tratamentos espirituais está sendo vencido. O NEPER se reúne a cada quinze dias
no Hospital das Clínicas, em São Paulo, apresentando estudos, teses e debatendo
curas espirituais e fenômenos mediúnicos. “O momento é propício para que haja
essa aliança entre ciência e espiritualidade, porque nós estamos vivendo uma
época em que o materialismo precisa de um contraponto, para que se possa manter
o equilíbrio entre os seres humanos”, analisa. “Como médico psiquiatra, o que
observei é que o que funciona é a associação entre: abordagem biológica,
farmacológica, psicológica e espiritual, sendo que todas elas se complementam.
Em nenhum momento se excluem”.
Entre Dois
Mundos
Muita gente não sabe,
mas as técnicas de cura via passe utilizadas no kardecismo têm alguns pontos em
comum com outros tipos de cura de origem oriental, que fazem uma convergência
entre dois mundos: Ocidente e Oriente. Na base de todas as curas orientais,
estão as ciências esotéricas e antigas escrituras em sânscrito encontradas na
Índia, China, Japão e Tibete, que remontam a mais de cinco mil anos. O fluido
universal é o mesmo.
São conhecidas no
Brasil como “terapias alternativas”. O National Institute of Health, entidade
ligada ao governo americano, faz importante distinção entre terapias
alternativas e terapias complementares. Lá, o termo “alternativo” é dado aos
tratamentos que, supostamente, substituiriam o tratamento médico, o que
representa um risco. Já a terapia dita "complementar" é aquela que anda
paralelamente ao caminho médico convencional. É vista como salutar na prevenção,
na recuperação ou na melhoria das condições de vida dos doentes. O uso corrente
do termo “alternativo” como vem sendo feito no Brasil seria, portanto,
inadequado.
Entre
complementares indicadas por aquele instituto estariam o reiki, a cura prânica e
o johrei, que também se valem do uso e manipulação do chamado “fluido vital” ou
“campo magnético” citado pelo autor espírita Salvador Gentile no livro Passe
Magnético – Fundamentos e Aplicação.
E as semelhanças de
conceito não param por aí. Assim como na cura prânica, os passes espíritas atuam
sobre os chamados “centros de força”, conhecidos na literatura hindu como
chacras, localizados no perispírito. No livro Entre a Terra e o Céu, o autor
André Luiz sublinha a importância desses centros de força, que são como usinas
de recepção e armazenamento de energia espiritual, ligados ao corpo físico por
terminações nervosas denominadas plexos. E explica: “(...) Vibrando em sintonia
uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estes centros
estabelecem para nosso uso um veículo de células elétricas, que podemos definir
como um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”.
Na mesma obra, André Luiz exemplifica o chacra coronário, situado no alto da
cabeça, que “na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de
mil pétalas, por ser o mais significativo em razão de seu alto poder de
radiações”.
O médico
psicoterapeuta e curador prânico, Maurício Angelicola, não se surpreende. E vai
além: o mestre Choa Kok Sui, que codificou e sintetizou a cura prânica
trazendo-a para o Ocidente em 1987, recomenda a leitura de Allan Kardec como
fonte segura de reforma íntima e elevação espiritual. A principal diferença, no
entanto, é que a cura prânica não utiliza a energia de entidades superiores
desencarnadas. Ela apenas os invoca para proteção do ambiente.
“É inadmissível que
um curador prânico não se preocupe com sua própria elevação moral e espiritual,
a reforma íntima, essencial também no Espiritismo”, alerta o dr. Maurício, que
já deu cursos sobre a técnica para alguns grupos espíritas. “Posso dizer que
eles são um segmento que têm muito preparo, têm embasamento teórico e ético”.
Outro ponto em comum com o kardecismo é que a cura prânica leva em conta o
carma. Em alguns casos, a cura total não é permitida pelo plano espiritual, pois
faz parte da evolução do espírito. No entanto, é possível minimizar o sofrimento
do doente. “Lidei com alguns doentes de câncer que não puderam se curar, mas
através da cura prânica não sofreram os efeitos colaterais da quimioterapia.
Mesmo não tendo esperança de sobreviver fisicamente, tiveram uma melhora em sua
qualidade de vida”, explica.
Para William Jones,
com exceção de casos raros, é impossível curar doenças do carma, pois isto iria
contra as Leis Divinas. “Isso tiraria a prova pela qual aquele espírito tem que
passar e atrasaria sua expiação. O perispírito, que sobrevive à morte física, é
como uma fita magnética em que estão gravados todos os registros das encarnações
anteriores. Se um indivíduo fumou demais numa encarnação, pode reencarnar com
problemas como bronquite asmática. Isso é, então, uma conseqüência de seus atos
anteriores. É uma prova que lhe vai trazer aprendizado. Para isso não há cura,
mas pode ser amenizado através do tratamento espiritual, se houver merecimento”,
ensina.
Segundo o dr.
Maurício Angelicola, são onze os chacras mais importantes. Eles necessitam de
limpeza, energização, e são centros de força que contêm pétalas, raízes,
ramificações, teias de proteção, formatação, velocidade, coloração e
possibilidade de apresentar excesso ou falta de energia. O fluido é chamado de
prana, e a técnica consiste em fracionar ou manipular esse fluido universal em
matizes específicos, pois cada um dos chacras tem conexão com as glândulas
endócrinas e com os sistemas nervoso, circulatório, respiratório, digestivo,
etc. Para Angelicola, tal preocupação com a limpeza e o detalhamento das
características energéticas de cada chacra, fazem da cura prânica uma das
técnicas mais seguras como tratamento coadjuvante à medicina. À semelhança dos
médiuns preparados no kardecismo em instituições idôneas, os curadores prânicos
têm de ser saudáveis, não-promíscuos, éticos e devem se abster de vícios como o
álcool e o fumo. E são, obrigatoriamente, vegetarianos.
Reiki e Johrei
A preocupação em
relação aos hábitos perniciosos e a não-utilização de seres desencarnados nas
emissões de fluidos também são a tônica entre os canalizadores de outro tipo de
cura com as mãos, o reiki. Segundo Gilberto Falchi, mestre reiki do Tradicional
Sistema Usui, e membro da Reiki Alliance, a utilização desse método remove pouco
a pouco a vontade de consumir carne vermelha, álcool e outros elementos
considerados tóxicos pela maioria das filosofias espiritualistas. “Reiki é
transformação, vai na causa, eleva a energia, muda valores”, diz ele. Atua no
nível celular, metabólico e imunológico, despertando um processo de autocura.
Também leva em conta as doenças cármicas. Na gravidez, acalma mãe e bebê.
Enquanto na cura prânica as aplicações de energia universal são feitas nos
chacras e, como nos passes, sem tocar o paciente, o reiki age tocando os
seguintes pontos: olhos, têmporas, atrás da cabeça, alto da nuca e peito; altura
do estômago, umbigo, abaixo deste, virilha; nas costas, escápula, pulmão, rins e
região glútea. São cinco minutos em cada ponto, num total de uma hora (escola
tradicional). Diferentemente do passe espírita, que indica uma sessão por
semana, o reiki age em terapias compostas por, no mínimo, quatro sessões
seguidas, e pode ser aplicado em qualquer lugar por um canalizador. Eis uma
diferença crucial também: o passe espírita só deve ser utilizado dentro da
instituição espírita, por questão de segurança.
De acordo com Falchi,
como a energia cósmica do reiki é pura, ela por si só já higieniza o ambiente e
o aplicador. E só flui através de canalizadores que têm o amor e a ética como
princípios de conduta. “Por ser uma energia divina, ela não vai se chocar com
nenhuma religião, crença ou técnicas. Pelo contrário, conheço espíritas que
acreditam que o passe espírita conjugado a uma terapia reiki acelera a resposta
do organismo. O reiki aumenta a imunidade natural”. A psicóloga e terapeuta
reiki, Valéria Silva de Morais, concorda. Valéria trabalhou durante um ano no
Projeto Esperança, dirigido pela Rai Association, com sede na Suíça. O projeto
atua na Igreja Santa Edwiges, atendendo moradores da favela Heliópolis, de São
Paulo, portadores do vírus HIV. “Percebemos que durante o primeiro ano em que
receberam reiki, a carga viral dos aidéticos diminuiu, aumentando a imunidade,
com diminuição drástica de doenças oportunistas. Acredito muito no reiki como
uma ferramenta de prevenção”.
Para ser um
canalizador de reiki é preciso fazer cursos de iniciação. Gilberto Falchi
recomenda o sistema original, clássico, que exige quatro iniciações. E conclui:
“Ninguém cura ninguém. O canalizador de reiki é portador de uma ferramenta e a
disponibiliza para as pessoas”.
Canalizar a energia
vital do universo através das mãos também é o princípio de outra técnica, o
Johrei. Ao contrário do reiki e da cura prânica, carrega em sim um conceito
religioso, “que tem no espiritualismo e no altruísmo as bases essenciais para a
concretização de um mundo ideal”. Seu codificador, Mokiti Okada, fundou a Igreja
Messiânica Mundial em 1935, no Japão. No Brasil, a Igreja Messiânica chegou em
1955. Objeto de pesquisas na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, a
terapia Johrei demonstrou ser capaz de revitalizar as células NK, responsáveis
pela defesa do corpo humano. Após uma oração inicial, em que se coloca como
instrumento divino, o ministrante, como é chamado o canalizador, aplica a
energia em sessão que dura de dez a trinta minutos. Ambos ficam sentados frente
a frente.Não há toque: a distância entre o ministrante e o receptor é de trinta
centímetros a um metro. Não é utilizada energia humana. Pode ser aplicada em
qualquer lugar e também à distância. Para ser canalizador de Johrei é necessário
um curso e a convicção de querer servir ao próximo. Após o curso, o ministrante
recebe o ohikari, medalha que deve ser carregada até a altura do plexo solar,
através do qual se canaliza a energia.
A Sutil Sukyo
Mahikari
Ainda no rol das
terapias orientais, a Arte Mahikari merece um capítulo à parte. Fundada no Japão
em 1959, pelo mestre Kotama Okada, a Mahikari emprega a energia cósmica através
das mãos, denominando-a “Luz da verdade”. Esta energia, também para eles, provém
de Deus e é purificadora, capaz de eliminar as essências tóxicas espiritual,
mental e física, permitindo a aquisição natural de saúde e prosperidade. Assim
como no Johrei, os canalizadores, chamados kumitês, recebem, após um curso de
iniciação que dura três dias, uma medalha. Neste caso, ela é denominada omitama,
cujo símbolo estaria ligado diretamente a Deus através de ondas
espirituais.
Irradiar a "luz
espiritual" pela palma da mão é considerada uma arte, denominada Okyome. São
vinte e sete pontos ao todo, mas no início são utilizados apenas alguns pontos
principais, cuja energização dura cerca de quarenta minutos. Não há limite de
sessões por semana, e embora não haja toques constantes, eles são breves e
suaves.
A energia atua sutil
e gradualmente, auxiliando a elevação espiritual. Discrição também é
característica dos dirigentes do belo templo situado na Vila Mariana, em São
Paulo. Nenhum deles quis se pronunciar oficialmente à revista. “Não tente
entender Deus. Sinta-o. Apenas vivenciando o Mahikari, você entende”, dizem. O
temor é o de uma massificação e desvirtuamento da técnica, atraindo
equivocadamente pessoas não afinizadas com o movimento, atrás de milagres. Que,
aliás, nenhuma das técnicas aqui abordadas promete.
Embora não se defina
como uma religião, a Sukyo Mahikari tem um altar para reverências e
agradecimento a Deus. A constante exigência de curvar-se em reverência, dentro
do templo, pode causar um certo estranhamento a um ocidental que chega pela
primeira vez. Encontram-se pessoas de todas as raças e credos, tanto aplicando,
quanto recebendo. É necessário tirar os sapatos antes de entrar e lavar as mãos
em água purificada. Após pequena consulta onde são perguntados dados acerca do
modo de vida (a religião não é questionada) e eventuais problemas, somos
convidados a receber Okyome. Inicialmente sentados, frente a frente, depois de
costas para o canalizador e, por fim, deitados de costas sobre um pequeno
colchonete com travesseiro e lençol. Não há som no ambiente, que é
espantosamente limpo, com predominância de tons arenosos. O silêncio só é
cortado às vezes pelas orações em japonês.
A sensação
predominante é a de relaxamento e extrema paz interior. Convidada a acompanhar a
reportagem, a médium kardecista de cura, Regina Fernandes, disse ter sentido
profunda serenidade no ambiente, principalmente no corredor central. Ao receber
a luz espiritual nas costas, onde tem problemas de origem ciática, descreveu:
“Foi como se minha coluna estivesse dentro de um tubo de energia. Senti também
muito amor e abnegação por parte dos aplicadores. Alguns deles me pareceram até
familiares, espiritualmente falando”. Ao final, perguntada se voltaria de novo
ao local, respondeu: “Sim, com certeza”.
Para Ieda Uehara,
praticante de Arte Mahikari há dezesseis anos, o amor ao próximo é fundamental.
“Oração envolve ação. É preciso traduzir gratidão e perdão em atitude”. Segundo
acredita, ter saúde é uma conseqüência de ser feliz. “Querer ser feliz, é meio
caminho da cura”.
O que se pode
concluir de tudo isso? Que a cura está dentro de nós mesmos. Nenhuma das
técnicas defendeu, em hipótese alguma, o abandono da medicina tradicional. Em
todos os métodos abordados, destacam-se dois elementos principais: a fé de quem
recebe, e o amor ao próximo de quem aplica. Gilberto Marques, que se livrou do
câncer na garganta, é taxativo: “O que me curou foi a minha fé”. Impressionado
com o resultado em sua própria vida, Gilberto quis desenvolver mediunidade de
cura. Para tanto, teve que abandonar o vício do fumo, premissa essencial para a
formação de todo médium. “Minha própria doença não me fez parar de fumar. Mas a
vontade de servir ao próximo, sim”.
Os Tipos de
Passe
C (choque anímico) –
doutrinação mais intensa de espíritos perturbadores, através de vibrações que
agem como um jato de luz nos corações dos mesmos.
PE – destinado aos
assistidos, nos trabalhos de cura, e aos assistentes, como preparação aos
trabalhos.
Pasteur 1 (P1 –
magnético) – destinado à assistência a perturbações de ordem material.
Pasteur 2 (P2 –
magnético) – para as perturbações espirituais e desequilíbrios psíquicos.
P3A (magnético) –
perturbações e acidentes materiais graves.
P3C – socorro de
emergência, influências espirituais profundas, depressão, estafa, esgotamento,
estresse de ordem espiritual e psíquica, queda de padrão vibratório e
enfermidades de fundo espiritual.
P3E – perturbações
espirituais avançadas, com ação direta sobre obsessores.
Pasteur 4 – para
crianças, até 12 anos de idade, cujos tipos de passes se subdividem em:
P4A – indicado para
doenças materiais, como as próprias da idade, epidêmicas, de poluição ambiental
ou climáticas, por desnutrição, hereditárias ou as causadas por acidentes;
P4B – indicado nas
perturbações espirituais, tais como as decorrentes de infestação de ambiente,
chamamentos familiares, encarnações completivas e razões cármicas.
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