“A vitória da vida
não consiste tanto no ganhar suas batalhas, como em saber sofrer suas derrotas”
( P. C. Vasconcelos Jr. “In” – “Pensamentos”).
O suicídio é o
resultado do nosso desequilíbrio espiritual. Quando o cidadão perde o controle
das suas forças psíquicas, torna-se alvo das trevas, ( dos maus espíritos), e
acaba caindo no tremendo calabouço do suicídio. Há pessoas que chegam às portas
do suicídio levadas pela ignorância das leis naturais da causa e do efeito.
Algumas pessoas cometem o suicídio, quando tangidas por doenças incuráveis ou
quando atingem idade avançada. Não querem ser pesadas para as suas famílias e
nem passarem por muitos sofrimentos. Essas pessoas não estão bem conscientes do
aspecto espiritual de suas ações. Ignorando a Lei Maior da Vida Eterna, acham
que podem estancar os achaques da velhice e que também podem interromper os seus
sofrimentos, saindo desta existência, pelas portas trágicas do suicídio.
Entretanto, meus amigos, ninguém pode exercer o papel de Deus. Ele nos dá a
vida, aqui no planeta Terra e sabe, muito bem, o momento de nos transferir para
o Plano Maior. Essas pessoas devem saber que o nosso Espírito ao ingressar no
corpo mais denso, por si mesmo, escolheu as experiências cármicas para o seu
burilamento íntimo. Nestas circunstâncias, durante nossas lutas, nossas provas e
expiações, no planeta que nos acolheu, temos que batalhar até o fim, até à
última gota de nossas forças. Temos que lutar até o fim, valendo-nos de todos os
recursos para nossa sobrevivência. Só mesmo Deus, nosso Criador, pode fixar o
momento da nossa partida. Sabemos que todas as vezes que ocorre o suicídio, o
Espírito deverá retornar para reaprender aquela experiência interrompida, ou
seja, precisará voltar em outra existência e passar de novo pela mesma provação
ou algo similar. A provação pode não ser tão extremada como a que experimentou
na existência anterior, porque parte dela já foi vivenciada, entretanto, o
Espírito precisará resgatar, até o último ceitil, as provas que se lhe antolham
e que foram ocasionadas pelo suicídio. As leis da ação e da reação funcionam
como um sistema de pesos e medidas. A situação, assim, fica bem mais complicada,
porque o suicídio nada resolve, pelo contrário, é circunstância tremendamente
agravante. Meus amigos, a morte física não resolve os problemas que se ligam às
nossas responsabilidades. Nossos problemas de ordem sentimental, de ordem social
ou de quais quer naturezas, por certo, temos que resolvê-los e saná-los, aqui e
agora, à luz da mais santa paciência e do trabalho incansável. Não tentemos
fugir dos problemas porque eles nos seguem, como a sombra segue o nosso próprio
corpo.
Sim, doe-nos o
coração, quando, em trabalhos mediúnicos, temos a oportunidade de constatar a
situação de penúria e de angústia dos irmãos que se suicidaram. Abre-se uma
exceção para os irmãos que cometeram o suicídio tangidos por doenças mentais ou
por desequilíbrios bioquímicos. Aludidas pessoas estariam com sua capacidade de
decidir comprometida. Então, quando passam para o outro lado, acordam em uma
espécie de abrigo onde recebem o auxílio de que precisam para o
restabelecimento. Entretanto, não deixam de responder pela gravidade da falta
cometida.
E podemos aduzir mais
que a natureza de uma Alma a leva a crescer e a aprender. Por isso mesmo,
trazemos, para a nossa existência terrena, determinadas situações que precisamos
superar ou para as quais precisamos buscar o equilíbrio. Se nos déssemos conta
de que, no plano terreno, é normal vivenciarmos algum tipo de sofrimento, seja
físico, mental ou emocional e de que o suicídio não eliminaria essa condição,
acreditamos que haveria menos casos de pessoas tirando suas próprias
existências. Precisamos nos conscientizar sobre o erro do suicídio e sempre
acentuar a responsabilidade que temos de viver plenamente, porque a Vida, em
síntese, é uma só, e as existências, neste plano-terra, são os degraus que
devemos escalar. Se quebrarmos algum degrau, por certo, teremos que descer de
novo e reconstruí-lo. A queda, em qualquer circunstância, é sempre mais
dolorosa.
Lembremo-nos sempre e
procuremos vivenciar, “ab imo corde”, os valiosos ensinamentos do Eminente
Guerreiro-Filósofo Napoleão Bonaparte, (1769 usque 1821):
“Tão valente é aquele
que sofre corajosamente as dores da alma como o que se mantém firme diante da
metralha de uma bateria. Entregar-se à dor, sem resistir, matar-se e eximir-se à
mesma dor, é abandonar o campo de batalha antes de ter vencido”.
Fonte: Por: Domério
de Oliveira
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/verdade-e-luz/a-visao-espiritual.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário