A infância é a fase
em que o espírito está mais acessível às impressões que recebe. O espírito
lentamente assume o controle da organização fisiológica e o processo de
reencarnação não se completa de imediato ao nascimento, ou seja, gradualmente
ele vai se adaptando ao mundo em que reencarnou, os hábitos bons ou maus que
adquirir, nesta fase, serão os que o nortearão por toda a existência
planetária.
Lembra-nos Allan
Kardec, em o Livro dos Espíritos (questão 199-a explicação e questão 385), que a
infância não é um estado normal de inocência, o espírito já possui sua bagagem
espiritual, boa ou má, de existências anteriores. Durante o período em que seus
instintos se conservam adormecidos, a criança é mais maleável, acessível aos
conselhos da experiência e dos que devam fazê-la progredir. Nessa fase, é que se
lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que
Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas.
Além de sua origem
espiritual, a criança possui diversidades ligadas ao seu momento histórico,
sócio-econômico, religioso, escolar e outros, que se refletem no plano
reencarnatório e orgânico, determinando e modificando o comportamento. Crianças
que, junto com seu núcleo familiar, apresentam comportamento que reflete
inconscientemente o seu passado espiritual e suas atuais relações, podem criar
em sua psicosfera, um ambiente propício para processos obsessivos de variadas
matizes.
Na educação infantil
o Movimento Espírita conta com a Evangelização, que repassa a Doutrina Espírita,
levando às crianças a moral cristã de forma didática e sistemática. Porém,
crianças que vem apresentando processos obsessivos, problemas psicológicos ou
comportamentais, necessitam de uma forma diferenciada de trato. É necessário ter
um trabalho individualizado, isto é, que não se entenda a criança apenas como
parte de um grupo, mas também que compreendamos suas ações e reações em relação
a tudo que ela vivencia na casa espírita e se possível no seu convívio
familiar.
Com base nesse
preceito, a Evangelização Infantil deve disponibilizar em sala uma sistemática,
cuja finalidade principal é acompanhar as crianças e adolescentes de forma mais
próxima, tentando conhecer a realidade familiar e espiritual daquele ser. Essa
atividade poderia ser uma evangelização para auxílio a problemas espirituais
infantis, que objetivará atender esses seres de forma holística.
(Este texto foi
retirado das diretrizes do Tratamento Espiritual Infantil/Assitência Espiritual
à Criança - implantando no Centro Espírita Fundação Allan kardec em
Manaus/AM)
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